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sexta-feira, 8 de abril de 2016

SALVADOR, Implantação do VLT do Subúrbio deve durar até dois anos; veja cronograma

Após contratação de empresa, obra deve durar dois anos. A tarifa atual de R$ 0,50 vai mudar e se integrar à de ônibus e metrô

Os usuários dos trens do Subúrbio Ferroviário concordam em dois pontos quando o assunto é o atual sistema: tarifa de R$ 0,50 é uma mão na roda, mas o tempo de espera não é nada camarada. Em até dois meses, o governo do estado promete iniciar o processo de licitação da concessão que vai transformar o sistema ferroviário em VLT (sigla para Veículo Leve sobre Trilhos).
Permanecem os trilhos, sobe o valor da tarifa, cai o tempo de espera e de viagem, além de resolver problemas de infraestrutura e conforto hoje existentes.
Projeto para a nova Estação Calçada, que terá prolongamento até o Comércio, inicialmente. Depois,
chegará à Lapa. Hoje, usuários reclamam de atrasos, calor e falta de limpeza
 (Foto: Divulgação)
O edital de licitação para operação do VLT será lançado já com a previsão de que o valor da passagem seja o correspondente ao valor de uma
“tarifa integrada” entre este e outros modais. Atualmente, o valor da tarifa integrada do metrô com o ônibus, por exemplo, é igual ao valor da tarifa única dos coletivos da capital: R$ 3,30. 
 
“Hoje, o usuário começa e termina o dia no trem. Se ele chega na Calçada e precisa pegar um ônibus de lá para o Comércio, ele paga até mais caro, R$ 3,80 (somando as tarifas). Agora, ele vai chegar ao seu destino pagando apenas uma vez”, diz Bruno Dauster, chefe da Casa Civil estadual. O edital deve ficar aberto entre 30 e 45 dias.


Tempo e obras
A transição de um sistema para o outro exigirá o fechamento temporário de estações.  A expectativa é de que a implantação do modal ocorra em 24 meses após a contratação da empresa e que, ao longo desse período, as estações sejam fechadas conforme o avanço das obras, segundo o presidente da Companhia de Transportes do Estado da Bahia (CTB), José Eduardo Copello.
As obras devem ocorrer em duas etapas e o segundo trecho só será interditado quando a outra parte já estiver em operação. O primeiro trecho será entre Comércio e Plataforma, com 9,4 km. O segundo, entre Plataforma e a Avenida São Luiz (Paripe), com 9 km.
As obras devem começar pelo Comércio. Segundo Coppelo, com a suspensão, os trechos serão completados com ônibus. O sistema será maior do que é hoje e deixa de ter como uma das pontas a estação perto da feira de Paripe - vai se estender por mais de 1 km até a Estação São Luiz, na avenida de mesmo nome. “Já é um ponto mais próximo de Simões Filho, o que já chega perto de um sistema metropolitano”. Na outra ponta, a estação chega até a Avenida da França, no Comércio.  
 
A estudante Rarianne Castro, 16, mora no Lobato e usa o trem todo dia para ir ao colégio em Praia Grande. “O trem não tem engarrafamento, então, por isso é melhor pegar o trem, mas o tempo que a gente perde esperando é grande”, conta. Segundo a CTB, o tempo médio entre as partidas é de 40 minutos.
Limpeza, segurança e menor tempo de espera nos terminais são promessas do novo projeto. Ao lado, como deve ficar a nova estação São Joaquim. Atualmente, linha férrea vai da Calçada à Paripe. No período de obras, algumas estações serão fechadas de maneira temporária (Foto: Divulgação)
Na manhã da última sexta-feira, quando o CORREIO visitou estações, já havia um informe de que a estação estava operando apenas com uma locomotiva. Tendo como referência a estação de Coutos, o intervalo entre uma partida e outra, no sentido Paripe, foi de mais de uma hora (após o trem das 9h58, só passou outro às 11h20).
 
A própria CTB avalia que o tempo de espera é alto. “É o tempo (40 minutos) que sai um ônibus de Camaçari para Salvador”, cita Copello. A promessa é que o VLT disponibilize partidas a cada 6 minutos. Hoje, esse intervalo na Linha 1 do metrô, por exemplo, é de 8 minutos, mas há também uma projeção de ser reduzido no próximo mês para 6 minutos.
 
Limpeza
Atualmente, os trens têm problemas de limpeza. Durante o dia, o calor é grande e os seguranças têm um trabalho constante de fazer com que os passageiros não segurem a porta para que o deslocamento seja mais ventilado, mas também mais inseguro. “Tem o trem com ar-condicionado que a gente não vê nunca”, critica a estudante de Psicologia Maria do Carmo dos Santos, 57.
 
Sobre isso, a CTB informou que é preciso levar em conta que trata-se de um sistema antigo e que é preciso frequentemente passar por manutenção. Alega também que quando o governo assumiu o sistema, em 2013, foi feito um diagnóstico que indicou que havia a necessidade de uma requalificação de todo o sistema. Sobre  a operação com apenas um trem, diz que é eventual.
As amigas Lohana Reis e Rarianne Castro reclamam da demora do trem (Foto: Marina Silva/CORREIO)

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