Integrante da Polícia Civil há 17 anos, a delegada é uma representante das milhares de mulheres que compõem os efetivos das forças de segurança estaduais. Durante o dia, trabalha desvendando crimes cometidos contra a vida, boa parte relacionados a organizações criminosas
Às 5h da manhã Clelba acorda e vai para academia exercitar o corpo e a mente. Uma hora depois retorna pra casa e acorda os filhos Arthur, 18 anos, e Bárbara, 13. Preparando o café da manhã ela assiste o noticiário na TV, pois, sua profissão exige que esteja sempre bem informada.
Depois de passar as orientações de mãe para
o casal de filhos que vai para faculdade e colégio respectivamente, ela se arruma e, entre os acessórios, a pistola e o colete são obrigatórios. Clelba Regina Teles Barros ocupa o importante cargo na polícia baiana de diretora adjunta do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Integrante da Polícia Civil há 17 anos, a delegada é uma representante das milhares de mulheres que compõem os efetivos das forças de segurança estaduais. Durante o dia, trabalha desvendando crimes cometidos contra a vida, boa parte relacionados a organizações criminosas. À noite, se torna "professora" ao sentar com a filha para acompanhar as tarefas do colégio. Mesmo maior de idade, Arthur não escapa da fiscalização materna diária.
O aplicativo whatsapp também dá uma “mãozinha” no monitoramento dos passos dos filhos, e no acompanhamento do trabalho das equipes policiais nas ruas. E se engana quem acredita que a longa jornada desanima a veterana. “Se pudesse voltar no tempo faria diferente. Teria mais um filho”, brinca Clelba, destacando que a jornada dupla é muito mais prazerosa do que cansativa.
Ela diz que o desejo de seguir a carreira policial é antigo e que os filhos sempre apoiaram. Antes de chegar ao cargo de diretora adjunta do DHPP, já chefiou as delegacias de Homicídios, de Santo Antônio de Jesus, da Boca do Rio, dos Barris, além do Grupo Especial de Combate a Crimes de Extermínio.
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