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quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Problemas estruturais causam interdição de parte da Casa de Saúde Santana

O diretor do Núcleo Regional de Saúde Centro Leste, Edy Gomes dos Santos afirmou que a unidade vinha sendo monitorada há quatro anos e prazos para readequação já haviam sido dados.

Problemas estruturais causam interdição de parte da Casa de Saúde Santana
O ambulatório da Casa de Saúde Santana foi interditado nesta terça-feira (22) pelo setor de Vigilância Sanitária, do Núcleo Regional de Saúde do Centro Leste. De acordo com o órgão, o motivo da suspensão dos serviços é falta de estrutura adequada no local e o risco oferecido aos seus pacientes.
O diretor do Núcleo Regional de Saúde Centro Leste, Edy Gomes dos Santos, afirmou que a Casa de Saúde de Santana está sob a responsabilidade do órgão, no que se refere à vigilância sanitária. Ele afirma que a unidade de saúde vinha sendo monitorada há
cerca de quatro anos, e prazos para readequação do atendimento haviam sido dados em diversas ocasiões.
“Dentre todas as movimentações que fizemos junto aos responsáveis pelo hospital, tanto os antigos como o dono atual, a gente buscou incansavelmente dar prazos, inclusive extrapolados, para garantir que eles conseguissem sanar os problemas estruturais graves. Isso culminou no dia de ontem na interdição do ambulatório e pode acontecer também que a parte hospitalar sofra algumas interdições porque de fato não é somente prestar o serviço, é preciso observar como ele está sendo prestado. Não adianta manter um serviço com a qualidade mínima exigida”, explicou Edy Gomes.
Ele reiterou que a interdição da unidade não foi feita de forma abrupta e citou como exemplo de problemas estruturais o uso de equipamentos oxidados, risco eminente de desabamento do forro, rachaduras na parede e no teto, dentre outras questões que comprometem a segurança dos usuários, como uma reforma que está sendo realizada na parte onde funciona o centro cirúrgico e as enfermarias sem as devidas barreiras de proteção aos pacientes atendidos no local.
“O centro cirúrgico e unidade de enfermarias também poderá ser interditado, pois continua prestando o atendimento paralelo à uma construção que é extremamente proibida pela vigilância sanitária sem as proteções e barreiras. Os pacientes devem buscar junto à secretaria municipal de saúde o encaminhamento para outras clínicas conveniadas com o SUS”, disse.
O médico cirurgião geral Tarcísio Pimenta, que trabalha na Casa de Saúde Santana, diz que a paralisação dos serviços prejudica ainda mais a população que depende do atendimento feito no local, sobretudo nas áreas de fisioterapia e atendimento pós-operatório, e que uma média de 50 pacientes deixaram de ser atendidos.
“Determinados procedimentos só podem ser feitos em hospital, e a paralisação de serviços dessa natureza prejudica, por exemplo, um paciente no pós-operatório de uma cirurgia ortopédica, que precisa fazer uma fisioterapia. Os prejuízos às vezes são incalculáveis para essas pessoas”, afirmou Tarcísio Pimenta.
Ele declarou ainda que para um hospital que hoje atende essencialmente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a unidade está atuando dentro dos conformes e do que é possível fazer, mas reconhece que o local poderia estar melhor.
“O que deveriam estar lutando é pelo preço de uma consulta, que hoje o SUS só paga 11 reais por uma consulta clínica e a média do procedimento cirúrgico é 100 reais, e os hospitais que atendem o SUS estão todos sucateados”, opinou o médico.
Ele acredita que os pacientes de pós-operatório devem retornar para os hospitais onde realizaram as cirurgias. Já os da fisioterapia devem procurar o Dom Pedro de Alcântara.

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