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quarta-feira, 24 de maio de 2017

FEIRA DE SANTANA ,Vereador pode ser punido por denúncia de drogas na Câmara Municipal

De acordo com o corregedor da Câmara, o depoimento que Ron deu a Corregedoria, teve uma interpretação diferente do que ele falou durante seu pronunciamento na tribuna da Casa e que ele poderá ser punido.

 Vereador pode ser punido por denúncia de drogas na Câmara Municipal
A Corregedoria da Câmara Municipal de Feira de Santana ouviu o vereador Ronaldo Caribé (Ron do Povo) na tarde desta terça-feira (23), após ele afirmar que recebeu oferta de droga dentro da Casa Legislativa. A denúncia foi feita na manhã de hoje e chegou ao conhecimento da polícia, que abriu um inquérito para apurar.
De acordo com o corregedor da Câmara, vereador Alberto Nery, o depoimento que Ron deu a Corregedoria, teve uma interpretação diferente do que ele falou
durante seu pronunciamento na tribuna da Casa na manhã desta terça e que ele poderá ser punido.
“Convocamos o vereador que compareceu junto com os advogados. Colocamos abertamente que a conversa seria gravada. Foi uma denúncia grave e agora a tarde ele já deu uma interpretação totalmente diferente do que foi dito pela manhã. Ele disse que uma pessoa ofereceu drogas na Câmara de Vereadores, mas que foi na parte onde o público tem acesso, inclusive que teria dado um cartão com o nome de uma mulher e que ele pegou o cartão e jogou fora”, relatou.
Alberto Nery disse ainda que perguntou ao vereador Ron se ele poderia identificar a pessoa que teria lhe oferecido a droga, mas ele afirmou que não sabe identificar a pessoa e nem pode garantir que ela seria assessor de algum vereador.
“Ele apenas fez uma dedução que fosse assessor e cometeu um equívoco, com uma decisão precipitada de fazer tal denúncia. Colocou a imagem da Casa em uma situação delicada para toda sociedade. Essa denúncia compromete todos os vereadores e também os assessores, que ficaram preocupados com essa situação”, disse.
Como parte das providências adotadas pela Câmara Municipal, Alberto Nery afirmou que vai pedir ao presidente, Ronny Miranda, para fazer crachás de identificação para todos os assessores. Além disso, ele afirmou que um relatório será confeccionado com todos os fatos e com o depoimento do vereador Ron do Povo.
Punição
O corregedor Alberto Nery disse ainda que vai observar o que fala o Conselho de Ética da Câmara Municipal para ver as punições cabíveis ao vereador Ron do Povo, que fez uma denúncia grave, sem ter condições de provar. Segundo ele, as punições variam de retratação até a perda do mandato.
“A gente tem imunidade parlamentar, mas tem que saber o que está falando. Ron conduziu a fala dele de uma forma errônea. A Corregedoria vai interpretar e daqui para segunda-feira estarei me pronunciando”, declarou.
O depoimento
Ao delegado João Rodrigo Uzzum durante o depoimento, o vereador Ron não informou nomes, disse apenas as características físicas, forma de se vestir e disse que a pessoa se identificou como assessor de um vereador, porém há indícios de que o suspeito não tenha vínculo com a Câmara Municipal.
“São fatos de natureza grave e vamos apurar. Ele disse que já viu esse homem algumas vezes na câmera, mas posteriormente ao fato não o viu mais. O indivíduo se identificou como assessor de vereador, que teria drogas a oferecer, sem dizer que tipo de droga era e entregou um cartão com um número de telefone que posteriormente foi destruído pelo vereador, disse.”
O delegado disse que será instaurado um inquérito policial, e que vai solicitar os registros de saídas e entradas de pessoas no local e os arquivos das imagens das câmeras de segurança para identificar o suspeito.
“Com o horário informado, por volta das 8h, em um dia de seção, que ocorre três vezes por semana, há uma possibilidade de identificá-lo, salvo se não houver registros de imagens salvas neste período”, explicou.
O vereador se apresentou espontaneamente e, segundo o delegado, prestou os esclarecimentos de forma serena e segura.
 
Com informações dos repórteres Paulo José e Aldo Matos do Acorda Cidade

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