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quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Professores ocupam Prefeitura de Feira de Santana e são trancados pela Guarda Municipal

Segundo os docentes, a Prefeitura foi trancada à noite e as luzes apagadas.

Reprodução

Um grupo de professores fez um protesto de 24h na noite da última terça-feira e depois resolveu passar a noite dentro da Prefeitura de Feira de Santana para cobrar o pagamento do precatório, um recurso liberado pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef).


Em resposta, a administração municipal informou que está impedida, assim como qualquer outra Prefeitura, de efetuar pagamentos a professores com recursos dos precatórios, de acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU), em acórdão de número 1962/2017. A gestão divulgou, ainda, a determinação do TCU para justificar a inadimplência. “Estão devidamente claras as razões pelas quais não deve ser observada a subvinculação do percentual de 60% (sessenta por cento) para fins de remuneração dos professores, e delas não se extrai qualquer contradição com as demais razões de decidir adotadas pelo Acórdão embargado”.


Durante a manifestação, um grupo de professores ficou dentro da Prefeitura, que logo depois foi trancada pela Guarda Municipal, o outro fez vigília na porta, dando suporte aos colegas com água e comida. A energia do prédio foi cortada.


A categoria informou que precisava conversar com o prefeito Colbert Martins da Silva, mas ele não deu nenhum posição.


No final da tarde de hoje, a prefeitura divulgou uma nota informando que o Tribunal de Contas da União não permite o repasse dos 150 milhões de reais dos precatórios para professores. Confira a nota na íntegra:


A Secretaria de Educação da Prefeitura de Feira de Santana presta esclarecimentos, aos pais dos alunos da rede municipal de ensino, e à comunidade, sobre a questão dos precatórios do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef). O assunto volta à tona nesta terça (25), quando os professores da rede municipal fazem uma paralisação de 24 horas, reclamando repasse, para ser distribuído com a categoria, de cerca de R$ 150 milhões.


Segundo a prefeitura, municípios brasileiros encontram-se impedidos de efetuar qualquer pagamento a professores com recursos dos precatórios, conforme expressa o Tribunal de Contas da União (TCU), em acórdão de número 1962/2017. Órgão federal responsável pela fiscalização da aplicação da verba, o TCU determina: “estão devidamente claras as razões pelas quais não deve ser observada a subvinculação do percentual de 60% (sessenta por cento) para fins de remuneração dos professores, e delas não se extrai qualquer contradição com as demais razões de decidir adotadas pelo Acórdão embargado”.


Em parecer, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) reforça a a tese do TCU: “Não se afigura, pois, coerente que, contrariando a legislação de regência e as metas e estratégias previstas no PNE, 60% de um montante exorbitante, que poderia ser destinado à melhoria do sistema de ensino no âmbito de uma determinada municipalidade, seja retido para favorecimento de determinados profissionais”. Para o FNDE, a destinação de tal volume de recursos aos profissionais do magistério, no caso das verbas de precatórios, “configuraria favorecimento pessoal momentâneo, não valorização abrangente e continuada da categoria”.


Em Feira de Santana, a APLB ingressou com ação judicial pedindo o bloqueio de 60% dos recursos do Fundef na conta da Prefeitura – percentual que a entidade defende seja repassado aos professores e demais trabalhadores da educação. No entanto, de acordo com a prefeitura, a medida foi rejeitada pela Vara da Fazenda Pública e também pelo Tribunal de Justiça da Bahia, a quem a entidade recorreu.


Nesta terça-feira, enquanto grande número de prefeituras ainda nem sabe como pagar a folha do mês de setembro, em todo o país em Feira de Santana o funcionalismo – incluindo os professores e demais profissionais da educação - já está com o salário em conta, podendo planejar o seu orçamento.


A secretária de Educação, Jayana Ribeiro, lamenta a paralisação das aulas: “estamos cumprindo com todas as nossas obrigações com os professores e esperamos que eles cumpram com o seu dever, de dar aula. As crianças não podem ser prejudicadas por motivações que não se justificam. Foge à nossa competência e poder de decisão, repassar 150 milhões de reais da educação para a categoria”.


Jayana observa que professores da rede privada não recebem salários superiores aos seus colegas da rede municipal. No entanto, não se ouve falar em greve nas escolas particulares. A paralisação, de acordo com ele, é algo que prejudica enormemente a milhares de crianças. A secretário informou que será cortado o ponto dos professores que não tenham comparecido ao trabalho no dia de hoje.


Informações, Varela Notícias

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