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sábado, 20 de outubro de 2018

Suspeita de mortes em Maragojipe fala sobre relação com pai e marido das vítimas

Jeferson voltou a ser ouvido pela polícia; Elisângela diz que ele é suspeito. Assista
A Polícia Civil de Maragojipe voltou a ouvir, nesta sexta-feira (19), o marido e pai das três vítimas de envenenamento que ocorreu na cidade do Recôncavo baiano, em julho e agosto deste ano. O pescador Jeferson Eduardo Brandão e outras duas pessoas foram interrogadas pelo delegado titular, Marcos Veloso, que continua investigando o caso para obter mais provas contra Elisângela Almeida de Oliveira, presa junto com o marido por suspeita de cometer os crimes. 
As vítimas morreram em três segundas-feiras seguidas, no dia 30 de julho, 6 e 13 de agosto. Primeiro faleceram as filhas, Greisse Santos da Conceição, 5 anos, e Ruteh Santos da Conceição, 2, e, por último, Adriane Ribeiro Santos, 23, que era esposa de Jeferson.
De acordo com a família dele, também foram ouvidos uma das irmãs de Jeferson, Josiana, e o marido dela, Gilvan. A Polícia Civil confirma que duas pessoas passaram por oitivas nessa sexta, mas não revelou quem foi ouvido ou por qual motivo. Segundo
a assessoria, a ideia dos depoimentos era esclarecer alguns pontos sobre a investigação.
No último dia 11, Elisângela - que falou sobre sua relação com Jeferson, a quem disse considerar como um filho, mas que ela considera suspeito -, e o marido dela, Valci Boaventura Soares, foram presos temporariamente suspeitos dos assassinatos.
Segundo a Polícia Civil, Elisângela teria usado inseticida agrícola nos assassinatos em série. Ela estaria interessada em Jeferson, conforme a versão divulgada pela polícia.
O veneno teria sido misturado junto com uma comida ingerida pelas vítimas. A prisão foi determinada após o delegado ter conhecimento de que Elisângela estaria apagando provas.
Paula, irmã de Jeferson, explicou que as três testemunhas foram chamadas na Delegacia para que pudessem ser ouvidas sobre uma entrevista de Elisângela a um veículo de imprensa.
“Elisângela falou em entrevista para um jornal que Jeferson e Adriane brigavam muito. Que Jeferson batia em Adriane antes dela morrer. Que Gilvan e Josiane tinham ouvido Adriane dizer que ia fazer besteira da vida dela. Tudo isso é mentira. Eles foram lá desmentir isso”, explicou Paula ao CORREIO.
Na entrevista concedida para a Record TV, na quinta-feira (18), Elisângela alega ser inocente e nega qualquer envolvimento com o crime. Ela chega a citar que Jeferson estaria em uma crise no relacionamento com Adriane e que ele teria batido nela 15 dias antes do crime.
“No meu celular tem mensagens dizendo que ele ia se separar de Adriane. Ele chegou a bater nela”, disse Elisângela à Record, insinuando que ele poderia ter envolvimento com o crime.

Durante a entrevista, Elisângela chegou a falar que “o histórico de brigas com Adriane coloca Jeferson como principal suspeito”. Ela ainda cita que Jeferson teria voltado a falar com uma ex-amante e que isso teria feito com que Adriane falasse ao cunhado de Jeferson que ela iria “fazer uma loucura”. 
Ela ainda negou que tivesse qualquer envolvimento com Jeferson - teoria defendida pela Polícia Civil.
"Muitos falam que eu tive um envolvimento com Jeferson, que eu estava gostando de Jeferson, mas eu sempre convivi muito bem com meu esposo. O tipo de amor que eu tenho por Jeferson é o de mãe, como ele demonstrou todo esse carinho como filho", afirmou.
Inquérito está para ser concluído
O delegado titular do caso, Marcos Veloso, afirmou ao blog Recôncavo Agora que não tem mais dúvidas quanto a participação de Elisângela no caso. “Eu não tenho mais dúvidas de que tenha sido ela (Elisângela). Em relação a ele (Valci Boaventura, marido de Elisângela), acredito que ele possa ter participação indireta. Ele vem tentando colocá-la dentro do fato e hora tirá-la, tentando confundir as investigações, e por isso está preso temporariamente”, explicou Veloso.
O delegado afirmou que Elisângela estava tentando encobrir provas e pedindo para que a filha e a sobrinha destruíssem elementos de provas. “O inquérito já está para ser concluído. A prisão temporária é de 30 dias para garantir as investigações. Elisângela é a principal suspeita porque ela aparece na cena do crime em três momentos. As três vezes que elas morrem, ela aparece na cena do crime. Ela que ofereceu o alimento por último”, disse o delegado. 
Também em entrevista ao blog Recôncavo Agora, Elisângela alegou que seu único erro foi ter “amado demais Jeferson como mãe”.
“Eu sempre orientei ela (Adriane) a não se separar. A gente está sendo acusado de uma coisa que a gente não cometeu. O meu erro foi ter amado Jeferson demais como mãe. Tudo que ele me pedia eu dava, ajuda para casa, para o casamento. Tudo que eu fiz foi por amor, amor de mãe”, disse.
Jeferson negou qualquer tipo de envolvimento com o crime e com Elisângela. “Como crente, eu conheci e a coloquei dentro da minha casa. Agora ela faz isso. Estou sendo suspeito, muitos me acusam por um crime que eu jamais faria, porque eu sou de Cristo, minha família vivia para Deus. Os culpados são eles, que envenenaram minha família mas justiça de Deus sempre prevalecerá. O que eu peço é pena máxima para ela e que Deus tenha misericórdia”, afirmou ao Recôncavo Agora.
O CORREIO procurou Jeferson, que preferiu não se pronunciar, e o Ministério Público da Bahia. Em nota, o órgão afirmou que os procuradores apenas irão se pronunciar após conclusão do inquérito policial.

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