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quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Zé Ronaldo constrange ACM Neto ao antecipar posição do DEM em um eventual 2º turno

Zé Ronaldo constrange ACM Neto ao antecipar posição do DEM em um eventual 2º turno
Foto: Joilson César / Ag. Haack / Bahia Notícias
O candidato do DEM ao governo da Bahia, Zé Ronaldo, resolveu desobedecer publicamente a orientação do partido e declarou apoio à candidatura de Jair Bolsonaro (PSL). O ato poderia ser até um ato combinado, já que dificilmente o partido dele marcharia com Fernando Haddad (PT) num eventual segundo turno entre o antipetismo e o antibolsonarismo. Porém o ex-prefeito de Feira de Santana decidiu antecipar o abandono ao barco de Geraldo Alckmin (PSDB).

O problema é que, ao adotar tal postura, Zé Ronaldo colocou o prefeito de Salvador, ACM Neto, em uma saia justa. O presidente nacional do DEM é coordenador da campanha de Alckmin no Nordeste e foi um dos fiadores da aproximação do centrão com o tucano. Sem conseguir “
domar” o candidato do próprio partido em favor do candidato do PSDB, como ACM Neto poderia angariar apoios para que Alckmin consiga reverter o quadro desfavorável nas urnas?

Para evitar um constrangimento ainda maior, o líder do DEM emitiu uma nota negando que a postura do candidato do partido ao Palácio de Ondina fosse um posicionamento oficial da agremiação. Em um contexto do esforço para se consolidar como uma liderança política nacional, ACM Neto não pode se dar ao luxo de ver um aliado próximo trair a indicação nacional da legenda. É uma desautorização que pode custar caro politicamente. Muito mais caro do que Zé Ronaldo teria disponível para “pagar”.

Os números da corrida eleitoral de 2018 mostram que Zé Ronaldo acabou jogado à cova dos leões. O favoritismo de Rui Costa (PT) e a candidatura pesada dele foram significativos para que, praticamente aos 45 minutos do segundo tempo, o democrata “chutasse o pau da barraca” e tentasse surfar na onda favorável à candidatura de Bolsonaro. Os impactos da iniciativa, todavia, não devem ser representativos nas urnas. Foi tardio o apoio e o aceno com a candidatura de extrema direita rendeu mais tensões do que resultados práticos.

Como é provável que Zé Ronaldo encerre a carreira política durante a corrida de 2018, o ex-prefeito de Feira não precisaria se importar com as consequências do apoio a Bolsonaro para futuras alianças. Não é o caso de ACM Neto, que não esconde projeções futuras para o governo da Bahia e até mesmo para o Palácio do Planalto.

O presidente do DEM, ao que parece, deve afundar junto Alckmin no primeiro turno das eleições deste ano e, em caso de uma disputa entre Bolsonaro e Haddad em 28 de outubro, já deve ter um caminho a seguir. O mesmo de Zé Ronaldo, porém muito mais comedido do que o aliado. Independentemente do resultado das urnas, ACM Neto ainda terá uma fatura em aberto e o preço pode ser mais alto a partir do pleito de 2018.

Fonte https://www.bahianoticias.com.br/

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