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quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Moradores de localidade onde ocorreu chacina de motoristas por aplicativo deixam casas

Moradores de localidade onde ocorreu chacina de motoristas por aplicativo deixam casas
Pessoas que moram na Comunidade Paz e Vida, onde ocorreram crimes, relatam preocupação e medo. Linha de investigação da polícia é de que assassinatos foram por vingança.

Moradores da localidade conhecida como Paz e
Vida, em Salvador, onde ocorreu os assassinatos dos quatro motoristas por aplicativo, estão deixando a região cinco dias após o crime. A localidade que fica entre os bairros de Santo Inácio e Mata Escura está vazia e é difícil encontrar moradores circulando na rua.
Os moradores estão com medo, dizem que não conseguem dormir e, com isso, aos poucos, as casas são abandonadas. "Tem sido dias de pânico. A gente não consegue dormir, fica com medo de noite. De dia ainda dá para levar, mas de noite, não tem como", disse uma moradora.

Retirando a geladeira da casa para fazer a mudança, um morador disse que decidiu sair após o crime pois está preocupado com a violência que os filhos podem sofrer.
"Como é que não vai embora com o que aconteceu aqui? Aqui tem muita gente inocente que não pode pagar no lugar dos outros. A gente está aí na batalha. Muitos não têm casa, muitos estão sofrendo porque não têm para onde ir e a gente está aqui nessa batalha. Não tenho lugar para ir ainda, tenho quatro filhos e vou batalhar para achar um teto para eles", disse um morador.
O homem relatou ainda que houve ameaça de que colocariam fogo no local. "Ninguém sabe de onde vem essa informação, está circulando", disse
Quem também está preocupado com as filhas é outro morador. Ele disse que reside na comunidade Paz e Vida há sete anos, mas diante dos crimes está com medo de permanecer no local.
"Estou indo embora, tenho cinco filhas, não pode ficar aqui não. Tenho que ir embora. Vou para São Caetano ficar perto da sogra que está melhor do que aqui", disse.
Uma senhora que ainda está no local disse que está em busca do dinheiro para pagar um carreto e por isso ainda não deixou a comunidade.
"Eu vou para a casa do meu cunhado em Marechal Rondon, mas nesse momento ele não tem dinheiro para me dar, meu gás acabou e eu estou aqui pedindo misericórdia", disse
Dos poucos moradores que ainda restam, a maior dificuldade é conseguir dinheiro para pagar o aluguel em outro lugar.
"Não dá para pagar aluguel. Ou a gente compra as coisas para colocar dentro de casa ou a gente paga o aluguel. A vontade é ir embora, mas a gente não tem esse recurso. Algumas pessoas foram na agonia e não sabem nem o que vão fazer", concluiu uma jovem.
Fonte: G1

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