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sábado, 2 de maio de 2020

Pai decide ficar ‘grávido’ e bebê deve nascer em setembro

Como sua companheira não conseguia engravidar com as tentativas de inseminação artificial, Frank decidiu tentar ele mesmo
Pai decide ficar 'grávido' e bebê deve nascer em setembro

Na história dessa família, quem decidiu engravidar foi o pai. “Grávido”, Frank Teixeira, de 27 anos, terá a pequena Antonella ao lado de sua esposa, Taris de Souza, de 28 anos, em setembro.
Mas, apesar desse “diferente”, a história desse casal vai ai
encontro de tantas outras, que se amam e respeitam e buscam, juntas, formar uma família.
Taris conheceu Frank na academia, há seis anos, quando ele ainda se identificava com o gênero feminino, usava cabelão e sainha, conforme descreve sua parceira. Até então, a professora nunca havia se relacionado com uma mulher, mas “foi uma coisa sem explicação”, afirmou ao Universa, da UOL.
Após dois anos de relacionamento, Frank decidiu passar pela transição de gênero. Começou a tomar hormônio masculino e marcou a mastectomia. Mas não levou adiante o procedimento. Teve medo da cirurgia. Taris diz que apesar do choque inicial da família dele com a transição, para ela, foi um processo normal. “Só me preocupava com a sua saúde, por causa do hormônio”, conta.
Taris, que sempre quis ter filhos, pensou no início que seria impossível. Foi, então, que pensaram na inseminação artificial. A ideia era que Taris passasse pelo procedimento. Na sua primeira tentativa, o ginecologista dela quem ajudou, mas foi incômodo, doeu e sangrou, então decidiu tentar fazer em casa, com a ajuda de Frank.
O doador passou a ir à residência da dupla. Ele depositava o material em potes utilizados em exame de urina e Frank colocava nela com a ajuda de uma seringa. Foram 11 tentativas, entre agosto e novembro.
“Chegamos a repetir o processo quatro vezes em um mês para ‘encurralar’ os óvulos de todas as formas, mas não dava certo e isso começou a me desgastar emocionalmente. Me sentia inútil, então desisti”, disse.
Frank então testou nele mesmo a inseminação. Havia seis meses ele não tomava suas ampolas de testosterona, então menstruava normalmente. E na primeira e única tentativa, deu certo.
“São apenas nove meses, e passa rápido. Voltarei a tomar hormônio depois que parar de amamentar. Essa não é uma grande questão para mim”, explica Frank.
Talvez pela aceitação, a dupla diz não estar preocupada com mais explicações para Antonella sobre a configuração familiar. Ele avisa: “Quando ela estiver em uma idade em que entenderá mais as coisas, vamos explicar. Mas o tempo passa e as pessoas vão ficando mais evoluídas. Ainda assim, estamos preparados para o preconceito”.


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