A situação dos trabalhadores da policlínica de Humildes Feira de Santana é grave. Eles estão sem receber seus salários, há uns de 15 dias atrás entraram em estado de greve parcial, atendendo apenas casos de urgência e emergência. A empresa que contratava e administrava 70% da mão de obra na área da saúde na cidade teve seu contrato suspenso por vários problemas, principalmente por atrasar e não pagar os servidores.
Depois da manifestação, a empresa pagou os médicos e os servidores dos PSFs local, mas deixou de fora outros profissionais, como enfermeiros, técnicos de enfermagem, higienização e portaria que trabalham na policlínica local. Eles reclamam que não têm nenhuma satisfação da empresa e que sofrem humilhações no campo pessoal por conta dessa situação.
Uma servidora que não quis se identificar contou:
"Estamos trabalhando sem salários. Estamos sem comida nas nossas casas, sem transporte, tem colegas que vêm de bairros longe, a pé ou com ajuda de parentes ou amigos para fazer o seu plantão e a empresa não se importa com a gente."
Outra funcionária, que também pediu anonimato, disse que os colegas passam por dificuldades financeiras e recebem ajuda de outros funcionários.
"A gente tem que fazer doações de alimentos para alguns colegas que estão sem nada para comer em casa", disse.
Esperamos que a empresa tenha uma explicação plausível para essa situação lamentável que afeta os servidores da policlínica de Humildes, pois a fome e as contas não esperam por tanta crueldade.