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quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Menor casal do mundo pelo Guinness Book mostra a casa e rotina

Paulinho 'Gigante' e Katyucia Barros têm 1,81m juntos e moram em Itapeva.
Eles receberam o certificado de menor casal do mundo em Londres.

 

Escadas espalhadas pela casa, varal com menos de um metro de altura, pia que fica a poucos centímetros do chão, carro adaptado e roupas de criança. Essas são algumas das situações que fazem parte da rotina do casal Paulo Gabriel da Silva Barros, apelidado de Paulinho Gigante, e Katyucia Lie Hoshino Barros, que foi reconhecido este mês como o menor casal do mundo pelo Guinness Book, o livro dos recordes. Paulinho tem 31 anos e 90 centímetros, enquanto Katyucia tem 27 anos e 91 centímetros. Juntos, os portadores de nanismo têm 1,81 metro. O G1passou um dia com eles e conheceu a rotina do casal, que mora em Itapeva (SP). (Veja vídeo acima)

 

Casal recebeu reconhecimento do recorde dois meses após casamento (Foto: Caio Gomes Silveira/ G1)Casal recebeu reconhecimento do recorde 2 meses
após casamento (Foto: Caio Gomes Silveira/ G1)
Paulo é funcionário público e trabalha como secretário em uma escola das 8h até as 18h. Já Katyucia é esteticista e empresária, com seu Centro de Estética dividido com um salão de cabelereiro na própria casa. O casal mora em um quarto aos fundos da empresa.
“Só não vamos mostrar o quarto, porque está muito bagunçado (risos). Mas seria mentira dizer que não temos
 limitações. Porém, elas são só relacionadas à altura. Nunca sofremos bullying quando crianças. Temos uma vida normal. Cozinhamos, lavamos louça, lavamos roupa, trabalhamos, fazemos compras, tudo o que um casal normal faz. A única diferença é que temos algumas coisas adaptadas para nós”, revela o casal.
Menor casal do mundo confirma limitações, mas enfrenta todas elas (Foto: Caio Gomes Silveira/ G1) 
Maçanetas das portas ficam na altura certa para o casal (Foto: Caio Gomes Silveira/ G1)Maçanetas das portas ficam na altura certa
para o casal (Foto: Caio Gomes Silveira/ G1)
Na cozinha há mais adaptações, como uma escada que é usada pelos dois para lavarem a louça e abrirem a geladeira, já que a pia e a geladeira são de alturas normais. A mesa onde os dois fazem as refeições é infantil com desenhos no encosto e não há armários. Tudo é guardado em uma pequena mesa no canto. Além disso, não há fogão devido ao Centro de Estética da Katyucia ser na casa.
"Tenho que cozinhar tudo com panelas elétricas. Eu faço a comida enquanto o Paulinho lava, porque ele até sabe cozinhar, mas não há quem coma”, brinca a esposa.

Casal tem algumas coisas adaptadas, outras eles 'se adaptam' (Foto: Reprodução/ TV TEM)Casal tem alguns objetos adaptados, outros eles
'se adaptam' (Foto: Caio Gomes Silveira/G1)
O local de trabalho da esteticista também é adaptado. A maca das clientes está na altura dela para que ela trabalhe em pé. Na sala há uma pia ao lado que fica a centímetros do chão e, para subir na mesa de anotações, Katyucia usa uma pequena escada. “Sou formada em direito, mas encontrei na área de estética a minha profissão”, conta ela, que trabalha com massagem, drenagem, estética facial e corporal.
Quando precisam sair, Paulinho Gigante é o único motorista e o carro usado por ele é adaptado. Ele usa dois bancos adicionais, o último de criança, para alcançar os pedais que chegam quase até o volante. O veículo é automático, mas o câmbio é alcançável junto com o freio de mão. “Ela acha que eu tenho o pé pesado, mas dirijo bem”, comenta Paulinho.
Em supermercado eles têm um carrinho especial para compras (Foto: Caio Gomes Silveira/ G1)Em supermercado eles têm um carrinho especial
para compras (Foto: Caio Gomes Silveira/ G1)
Já em relação às roupas, o casal afirma que, se os dois precisam de roupas novas, têm que procurar modelos infantis com “cara” de adulto. Já se vão fazer compras, os dois têm um supermercado preferido, onde há no estabelecimento um carrinho separado e especial para eles. “Se precisamos de alguma coisa nas gôndolas de cima é só pedir para alguém que esteja passando”, dizem.
No supermercado, assim como outros locais públicos, a reação de muitos é olhar para o casal. “Não ligamos quando ficam olhando, afinal, o mundo não têm que se adaptar a nós, mas sim nós nos adaptarmos ao mundo. Só que algumas pessoas acabam sendo ‘sem noção’”, afirma Katyucia.
Quando estão em público é normal que as pessoas olhem, dizem (Foto: Caio Gomes Silveira/ G1)Quando estão em público é normal que as pessoas olhem, diz casal (Foto: Caio Gomes Silveira/ G1)
Amor através das redes sociais
Paulinho e Katyucia se conheceram pela já extinta rede social Orkut, em 2006. “Ele me adicionou, conversamos pelo ‘MSN’ e ele ficava dando em cima de mim, enchendo o ‘saco’, até que bloquei ele”, diz a esposa. Paulinho se defende dizendo que era uma "estratégia do amor". “Eu estava tentando te conquistar”, brinca.
Eles se casaram em setembro deste ano (Foto: Divulgação/ Pippo Ferreira Casamentos)Eles se casaram em setembro deste ano
(Foto: Divulgação/ Pippo Ferreira Casamentos)
Na época ela morava em Londrina (PR) e Paulinho já morava em Itapeva. O bloqueio durou um ano e meio, até que ela resolveu voltar a falar com ele. “Era outro momento. Eu voltei a conversar porque ele estava terminando a faculdade de direito e eu começando”, conta ela.
"As coisas foram acontecendo até que meses fui conhecer Katyucia e a família pessoalmente em Londrina. A partir de então começamos a namorar. Fui muito bem recebido pela família dela e  minha sogra me adora. Sou como um filho para ela", complementa o marido.
Depois de oito anos de relacionamento, o casal, que já morava junto em Itapeva, resolveu casar-se em 17 de setembro deste ano. E após o casamento, surgiu a ideia de se inscreverem no Guinness como o menor casal do mundo. No dia 17 de novembro, dois mês após o casamento, os dois receberam o certificado do livro dos recordes.





 

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