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quinta-feira, 14 de maio de 2020

Família que testou positivo para coronavírus após velório nega que caixão foi aberto

Até o momento, dez casos de coronavírus foram confirmados em Cairu, com uma morte


Os familiares de uma idosa, que morreu com diagnóstico de coronavírus, negaram que o caixão dela tenha sido aberto durante o velório, que ocorreu no distrito da Gamboa, pertencente a cidade de Cairu, no baixo-sul da Bahia. Segundo a família de Nilzete Porfiria dos Santos Souza, de 77 anos, a prefeitura da cidade não teria informado sobre a suspeita de contaminação pela Covid-19 e teria liberado o velório. A prefeitura nega.



Segundo o G1, a família de Nilzete informou que ela apresentou febre no domingo (03) e na terça-feira (05), foi levada para um hospital, onde uma médica teria dito que os sintomas poderiam indicar princípio de pneumonia ou infecção urinária, baseado na idade avançada da mulher.

Na consulta, teria sido receitado para Nilzete um remédio e a médica teria solicitado que ela retornasse ao posto na quinta (07). Neste dia, a idosa apresentou piora no quadro clínico, com temperatura e pressão altas, e foi transferida para um hospital de Valença.

Ainda conforme os familiares, o corpo da idosa teria sido liberado no mesmo dia da morte, que ocorreu na quinta. O velório teria acontecido com o caixão fechado e com uma tampa de vidro. O único momento que ele teria sido aberto foi quando uma funcionária arrumava o corpo. A mulher utilizava máscara, luva e macacão e a família garante que em nenhum momento foi citada a possibilidade da idosa estar com suspeita de coronavírus. Contudo, a funerária teria lacrado o caixão e afirmado que ele não poderia ser aberto.

Família contaminada

Na terça-feira (12), 12 pessoas que participaram do sepultamento realizaram um teste rápido para a Covid-19 e cinco estavam contaminadas (dois filhos, duas filhas e um genro da idosa). O velório aconteceu na sexta (08) e na segunda (11), o resultado do exame realizado pelo Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen) confirmou a doença.

A Secretaria de Saúde do município, no entanto, afirma que a família de Nilzete foi orientada sobre a possibilidade de contaminação por coronavírus antes da liberação do corpo. De acordo com a pasta, o velório não havia sido autorizado e o caixão deixou a Santa Casa de Misericórdia de Valença lacrado, seguindo os protocolos do Ministério da Saúde.

Ainda segundo a Secretaria, nenhum funcionário da equipe estava no local durante o velório e em nenhum momento foi dito pela prefeitura que os familiares tinham sido infectados durante o sepultamento.

Até o momento, dez casos de coronavírus foram confirmados em Cairu, com uma morte. Segundo a prefeitura, as pessoas contaminadas estão sendo monitoradas.

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