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terça-feira, 17 de maio de 2016

SALVADOR, Major que matou professora chorou durante depoimento na Polícia Civil

Durante as 5h de depoimento no DHPP, Valdiógenes disse que estava arrependido do crime

Preso pelo assassinato da mulher, a professora Sandra Denise Costa Alfonso, 40 anos, baleada na última sexta-feira (13) numa escola municipal em Castelo Branco, o major Valdiógenes Almeida Junior, 45, chorou durante todo o depoimento no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Ele disse que estava arrependido durante as cinco horas em que foi interrogado pelos delegados Marcelo Sansão, coordenador da 2ª Delegacia de Homicídios
(DH/Central), e José Bezerra, diretor do DHPP, que passou as informações ao CORREIO através da assessoria de comunicação da Polícia Civil.
Bezerra confirmou que o major disse ter utilizado um aplicativo espião para ter acesso às mensagens de texto que a mulher recebia no celular.
Sandra Denise e o marido, suspeito do crime(Foto: Reprodução)
A versão foi apresentada pelo advogado do major, Sérgio Reis, e divulgada com exclusividade pelo CORREIO. Porém, segundo a polícia, só será possível confirmar a versão após os laudos. Foram encaminhados para perícia os celulares da vítima e do major, bem como um notebook que pertence a Valdiógenes. Também foram solicitados laudos cadavérico e em local do crime, microcomparação balística, além de exame de corpo de delito do autor.
Subcomandante do 3º Grupamento de Bombeiros Militar (GBM/Iguatemi), Valdiógenes foi preso em flagrante por homicídio duplamente qualificado (impossibilidade de defesa da vítima e feminicídio). “Não vejo a necessidade da prisão em flagrante porque assim que cometeu o crime, o major foi apresentado à polícia. Para ser flagrante, tinha que ter havido uma busca ao major, o que não aconteceu”, afirmou o advogado do autor, Sérgio Reis.
No entanto, o delegado Bezerra disse que a comunicação não foi feita imediatamente e a apresentação do assassino confesso só aconteceu 7 horas depois do crime. Ele disse ainda que todo o trabalho de polícia judiciária adotado esteve "de acordo com o que determina a lei".
Segundo a polícia, a prisão em flagrante foi convertida em prisão preventiva no sábado, um dia após o crime. Isso em razão da gravidade da situação e pelo entendimento da necessidade de manter o autor em custódia durante o andamento do inquérito policial.
DepoimentosA polícia já ouviu quatro pessoas, entre familiares e funcionários da escola onde a professora trabalhava. O inquérito tem um prazo de até dez dias para ser concluído. Questionado se acredita que o crime foi premeditado, o delegado respondeu, por meio da assessoria, que "é preciso aguardar o andamento das investigações".

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