Publicidade

Publicidade

Rádio Web Humildes online

....Últimas notícias

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

FEIRA DE SANTANA Ambientalista denuncia degradação do manancial Pedra do Cavalo

Em alguns trechos o lago está muito poluído e sofrendo as consequências do uso indevido de agrotóxicos e esgotamento sanitário proveniente de Feira de Santana e Riachão do Jacuípe.

Ambientalista denuncia degradação do manancial Pedra do Cavalo
Órgãos públicos, sem estrutura para fiscalizar, donos de imóveis que retiram água sem outorga e esgoto sem tratamento estão degradando os Rios Jacuípe e Paraguaçu e consequentemente o manancial de Pedra do Cavalo.
A denúncia foi feita publicamente pelo ambientalista João Dias durante a audiência pública da Frente Parlamentar Ambientalista da Assembleia Legislativa. O evento ocorreu na terça-feira (22), no auditório do Colégio Luiz Eduardo Magalhães, em Feira de Santana, e teve a participação de representantes de órgãos estaduais como Embasa, Cerb e Inema.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
O ambientalista e pesquisador João Dias contou que em a
lguns trechos o lago está muito poluído e sofrendo as consequências do uso indevido de agrotóxicos e esgotamento sanitário proveniente de Feira de Santana e Riachão do Jacuípe.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
“O lago tem uma área de preservação permanente e por lei ela é protegida. Mas, as pessoas de vários municípios que têm propriedades próximas não são fiscalizadas e tiram água sem licença. A maioria não tem outorga, que é a licença para tirar água, e causa prejuízos imensos ao Estado, que fica sem dinheiro para investir na proteção do lago”, afirmou.
De acordo com o ambientalista, não há um trabalho de educação ambiental voltado para a preservação do lago por iniciativa de órgãos estaduais. Ele pontuou que a Cerb, órgão que administra o lago não desenvolve nenhuma ação nesse sentido.
“Eu, como membro do Conselho do Paraguaçu e do Conselho Gestor do lago e por militar como ambientalista do município, posso dizer que a Cerb, que administra o lago, não tem nenhuma ação, principalmente de educação ambiental. A Embasa também não investe em educação ambiental com as comunidades em torno do lago e o Inema deixa muito a desejar na questão da fiscalização. Eles alegam que não têm recurso, não têm barco, não têm carros disponíveis. A área de proteção do lago é destruída, contaminada e os fazendeiros não respeitam. Há também a questão do agrotóxico e utilização de produtos químicos que matam árvores”, acrescentou.
João Dias lamentou o desaparecimento de algumas espécies da fauna e da flora. Ele informou que peixes e camarões desapareceram do lago.
“Tem desaparecido um número muito grande de espécies no lago. Crustáceos como o pitú, a aratanha e peixes como o crumatá, moreira e espécies de acará sumiram”, disse.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
O presidente da frente parlamentar ambientalista, deputado estadual Marcelino Galo, do Partido dos Trabalhadores (PT), enfatizou a importância de espaços como a audiência pública para denunciar e propor questões ligadas a Pedra do Cavalo. Segundo ele, o governo e a iniciativa privada devem ter envolvimento e responsabilidade com a preservação do lago.
“São múltiplos problemas numa complexidade que têm que ser tratados por essas diversas instituições e principalmente pela sociedade. O instrumento democrático de participação traz a compreensão a nível de pressionar o estado para que ele avance na resolução dos diversos problemas aqui apresentados”, concluiu.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Compartilhe