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quarta-feira, 9 de novembro de 2022

Falta de gás de cozinha gera prejuízo a revendedores na Bahia




Cerca de 300 pontos de revendas estão fechados por causa da escassez do botijão, segundo o Sindicato dos Revendedores de Gás da Bahia (SindRevGás)

A notícia da falta de gás de cozinha assustou os consumidores em Salvador, que correram para garantir o produto. Contudo, segundo a associação da categoria, cerca de 300 pontos de revendas fecharam às portas por causa da escassez do botijão. O número representa 30% das lojas da capital baiana, segundo o Sindicato dos Revendedores de Gás da Bahia (SindRevGás). O botijão de gás é vendido na Bahia atualmente por R$120 em média.

A escassez do produto ocorre devido a uma manutenção realizada na Refinaria de Mataripe, que abastece a região. Em nota, a Acelen, empresa que administra a unidade, afirmou que nos próximos dias o cronograma de produção deve ser regularizado.

O prazo não foi especificado pela empresa que comanda a refinaria desde de dezembro do ano passado, quando houve a privatização. A Mataripe responde, sozinha, por 14% de toda a capacidade de refino do Brasil.

Diretor do SindRevGás, Robério Souza afirmou que o problema enfrentado pelos revendedores já dura meses. Ele teme que a população não consiga mais encontrar o gás de cozinha nos próximos dias. “Estamos enfrentando um delay (atraso) de desabastecimento nos últimos seis meses, mas nos últimos 15 dias, esse atraso se atenuou, chegando realmente a faltar gás no estado da Bahia", comentou.

"Neste momento, muitos pontos de revendas do município de Salvador estão fechados por falta de produto. A Acelen diz que nos próximos dias irá normalizar o abastecimento, mas os consumidores têm enfrentado dificuldade para encontrar o gás no seu lugar de preferência. Eles estão se deslocando para poder encontrar uma loja aberta com o produto. Se o abastecimento não for normalizado, as revendedoras abertas só têm ‘pulmão’ para mais um dia [de funcionamento]”, completou.

Revendedores de portas fechadas

Proprietária de uma revendedora em Simões Filho, Rosana Mello contou que a sua loja está fechada há quatro dias por causa do desabastecimento. “A última carga que chegou foi na última quinta-feira (3), e desde sexta-feira (4) estou sem gás. A carga que a gente recebe não passa de dois dias por causa da movimentação. Desde sábado passado, domingo, segunda e terça estou sem trabalhar pela falta do gás”, desabafou a empresária.

Rosana lembrou que a pandemia da Covid-19 já tinha forçado o enxugamento do quadro de funcionários da empresa, e agora a situação piora. "Com essa falta do gás, que está acontecendo só na Bahia, temos diminuído bastante o número de funcionários. Recentemente tive uma funcionária que se aposentou e não contratei ninguém para colocar no lugar dela [por causa do atual cenário]”, revelou.

*Sob a surpevisão do jornalista Jefferson Domingos

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