Pelo menos 150 médicos cubanos desertores do programa federal lutam na
Justiça para poder clinicar no Brasil de forma independente, fora do
acordo entre Brasil e Cuba, ganhando salário integral. Esse grupo de
profissionais moveu ações contra o Ministério da Saúde, o governo cubano
e a Organização Panamericana de Saúde (Opas), segundo o advogado André
de Santana Corrêa, que defende os estrangeiros. (Foto ilustração).
Ele diz que, com a decisão de Cuba de sair do Mais Médicos, mais
profissionais devem tentar permanecer no Brasil. "Desde ontem
(anteontem, quarta-feira (14/11)), recebi muitas ligações de
interessados em entrar com processo para ficar no Brasil", afirmou.
De acordo com o advogado, o principal argumento usado é o respeito ao
princípio da isonomia. "Por que eles recebem um salário menor que os
outros estrangeiros se fazem exatamente o mesmo trabalho que os outros
médicos?", questionou o defensor.
Do total de ações movidas por ele, cinco já tiveram liminares
favoráveis aos médicos. "O problema é que quando chega nas instâncias
superiores, indeferem porque sabem que causaria colapso econômico ao
governo ter que pagar o salário integral a todos os médicos", disse. As
informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: Bahia na política
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